INTRODUÇÃO
As práticas de Psicologia organizacional e do trabalho (POT) ocupam um importante espaço no contexto da profissão e justificam a necessidade de esforços para o desenvolvimento desta área.
A pesquisa do Conselho Federal de Psicologia realizada em 1988 colocava a Psicologia Organizacional como a segunda maior área de atuação dos profissionais (CFP, 1988). Em 2000, a prática denominada organizacional ou do trabalho foi tida como 3ª área de atuação, com 12,4% de profissionais (WHO & CFP,2001).
A área vem despertando o interesse dos pesquisadores, por sua grande importância na compreensão dos aspectos envolvidos nas organizações, em gestão de pessoas e na saúde do trabalhador, podendo trazer contribuições tanto para a empresa quanto para o trabalhador e a sociedade.
O Brasil é um país com uma imensa diversidade apresentando grandes contradições no mundo do trabalho, temos um cenário que vai desde o trabalho escravo até organizações de altíssimo nível tecnológico, o que inevitavelmente traz grandes questões para atuação neste contexto, acerca do trabalho na vida das pessoas, qualidade de vida dos trabalhadores e saúde do trabalhador.
No que diz respeito às pesquisas e reflexões sobre o tema, a POT muito avançou, porém, há sempre uma defasagem entre aquilo que é produzido pela academia (pesquisas e reflexões) e a prática efetiva. Esta última depende de vários aspectos de poder das organizações, da política e economia do país.
As ações ainda são muito pontuais e fragmentadas. Por esta razão entende-se que a POT deve fazer parte como um dos eixos da Comissão de Políticas Públicas deste IX Plenário do CRP 12-SC.
HISTÓRICO
O CRP 12-SC através da PORTARIA Nº CRP-12/094-2011 instituiu a Comissão Psicologia Organizacional e do Trabalho – CPOT, com prazo de vigência até o fim da Gestão 2010/2013.
Em plenária do dia 18/01/2014, após revisão das discussões fomentadas nos anos 2007 e 2008, o VIII Plenário do CRP 12-SC decidiu por transformar a CPOT em um eixo da Comissão de Políticas Públicas.
A POT tem como objetivo fomentar discussão sobre a Psicologia Organizacional e do Trabalho, visando ações de orientação da atuação, socialização das práticas realizadas pela categoria e produção de conhecimento sobre esta área, assim como, fortalecimento político, técnico e científico das/os psicólogas/os que atuam no campo da Psicologia Organizacional e do Trabalho, apontando e marcando as diferentes perspectivas que relacionam saúde e trabalho sob uma perspectiva interdisciplinar.
JUSTIFICATIVA:
Para a instituição do Eixo Psicologia Organizacional e do Trabalho, considerou-se:
• O número expressivo de psicólogas/os inseridos neste campo de atuação;
• A necessidade de compreender a organização das estruturas e relações de trabalho, assim como as estratégias da ciência em resposta as interrogações oriundas da relação desses dois fatores e o fazer do profissional nas organizações;
• A necessidade da construção de uma identidade da psicologia nestes espaços de trabalho;
• As propostas do Congresso Regional de Psicologia (COREP) e Congresso Nacional de Psicologia (CNP), que preveem ações no campo das organizações de trabalho;
• Instituição de um espaço próprio e legítimo para a discussão das demandas das/os psicólogas/os da Psicologia Organizacional e do Trabalho.
Conselheiro(as) e Colaboradoras(es) do Eixo Psicologia Organizacional e do Trabalho (CPP):
Conselheiro Coordenador:
Conselheiras(os) membros:
Colaboradores(as):