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Conselho Regional de Psicologia Santa Catarina - 12ª Região



Comissão Mulheres amplia debate sobre a interseccionalidade


Comissão Mulheres amplia debate sobre a interseccionalidade
2022-12-12

A Comissão Mulheres na Psicologia realizou no último dia 3 de dezembro reunião virtual ampliada, no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. A data foi propícia para o debate sobre questões de gênero e deficiência, para alinhar também estas temáticas aos objetivos do XI Plenário do CRP-12 nos próximos três anos.

Os trabalhos foram conduzidos pela Conselheira Paula Helena Lopes, com participação das (o) Conselheiras (o) Milena Regina da Silva, Fabiana Gonçalves Félix, Renata Cristiane Araújo de Lima Pierre Louis, Cleidi Mara dos Santos, Joseane de Oliveira Luz, Patrícia Brígida Estevão, Clausio Pedro Vitorino e a participação - como colaboradora - de Karla Garcia Luiz, Psicóloga Mestra do IFSC e pesquisadora do Instituto Cáue – redes de Inclusão, organização sem fins lucrativos que trabalha por um Brasil anticapacitista e com justiça social.

Na reunião foi amplamente discutida a questão do reconhecimento da deficiência como campo de conhecimento, especialmente dentro da psicologia, e a importância do fortalecimento de movimentos sociais e políticos das pessoas com deficiência no Brasil. De acordo com dados do IBGE, 1 ⁄ 4 da população brasileira têm algum tipo de deficiência.

O termo interseccionalidade também foi discutido, instrumento analítico para melhor compreensão das desigualdades, opressões e discriminações existentes na sociedade e os desafios para a adoção de políticas públicas e eficazes. Ilustrando a importância desse termo, foi mencionado na ocasião uma citação de Patrícia Hill Collins, referência mundial nos temas feminismo e gênero dentro da comunidade afro-americana:

“(...) Salvar a interseccionalidade pode implicar resgatá-la das mãos de pessoas que têm pouco ou nenhum compromisso com o éthos de justiça social da interseccionalidade. Também pode significar salvá-la de nós mesmos, se a praticarmos como 'um negócio', isto é, apenas como mais um discurso acadêmico ou uma especialização do conteúdo, sem envolver nosso trabalho nas relações de poder que moldam o campo e a academia em geral. Tais práticas costumam seguir um caminho bem conhecido: mencionar certas figuras canônicas de um campo, sem se engajar de fato com o trabalho delas (...)”.

Alguns encaminhamentos já estão alinhados, como o indicativo de capacitação sobre Deficiência para o XI Plenário em 2023, gerar reflexões dentro da gestão de como a psicologia pode contribuir com a luta anticapacitista num comprometimento ético-político, conduzir ao reconhecimento as(os) profissionais com deficiência e gerar novas práticas de conduta neste campo de estudo.


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