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Conselho Regional de Psicologia Santa Catarina - 12ª Região



CRP-12 promove capacitação "Módulo III - A Psicologia Escolar/Educacional em Ação" com foco no ensino básico


 CRP-12 promove capacitação
2021-11-04

A Psicologia Escolar/Educacional foi tema de capacitação do Conselho Regional de Psicologia de Santa Catarina (CRP-12). A transmissão online do evento foi na quinta-feira (28/10), entre 19h e 21h, com realização da Comissão Especial de Psicologia e Educação (CEPE) e da Comissão de Relações Públicas (CoRP).

O evento teve, como eixo principal, a atuação do psicólogo nas escolas de ensino básico.

A apresentação aconteceu em dois momentos: o primeiro sobre a teoria que envolve a atuação da(o) psicóloga(o) na rede pública de ensino básico e a contemplação das ações na prática dos profissionais nestes espaços.

Intitulada como "Módulo III - A Psicologia Escolar/Educacional em Ação", a capacitação foi apresentada pelas doutoras Apoliana Regina Groff (CRP-12/07409) e Aliciene Fusca Machado Cordeiro (CRP-12/07963), com mediação da conselheira Andrea Lemos Capoani de Moura (CRP-12/11950).

Dra. Apoliana Regina Groff graduou-se em Psicologia na FURB, em Blumenau, e tem mestrado e doutorado pela UFSC, na área de Concentração Práticas Sociais e Constituição do Sujeito. Atualmente, atua como professora do Departamento de Psicologia da UFSC e tem pesquisas sobre o tema da capacitação e Psicologia Social.

Dra. Aliciene Fusca Machado Cordeiro se formou na Unicamp e tem mestrado e doutorado em Psicologia da Educação pela PUC-SP. Professora-pesquisadora da Univille, atua principalmente com educação inclusiva, educação especial, deficiência, educação, ensino e aprendizagem.

Para abrir os trabalhos da noite, Dra. Apoliana contextualizou teoricamente o assunto abordando as principais dificuldades sobre o assunto, de acordo com os recursos disponíveis. "Violência, bullying, conflitos de gestão são alguns dos pontos que demandam a atuação da(o( psicóloga(o) em âmbito escolar. A partir desses contextos, espera-se que o profissional faça avaliação, diagnostique situações da criança ou família, solucionando qualquer problema. Um mito, baseado no histórico da atuação clínica da profissão", destacou.

Sem deixar de honrar com princípios norteadores da profissão, como promoção da saúde e qualidade de vida, na garantia dos direitos de crianças, adolescentes e jovens, a especialista destaca a complexidade das diferentes abordagens em uma instituição de ensino. "É preciso romper com a individualização da dificuldade e do fracasso, pois outros fatores e determinações podem estar por trás do comportamento e desempenho do aluno. No caso do Brasil, é preciso levar em conta questões sociais que estão na própria definição do sujeito", pontuou.

Na sequência, a Dra. Aliciene Fusca Machado Cordeiro acrescentou ao debate as possibilidades de articulação da(o) psicóloga(o) com conselhos, universidades e profissionais de outras áreas. Para balizar a atuação, a pesquisadora destacou a elaboração de um projeto de atuação do profissional, tendo em vista alguns preconceitos do contexto escolar. "No caso do projeto, é preciso desmistificar o trabalho do psicólogo educacional/escolar, que trabalha em caráter emergencial, apagando incêndios", comparou.

Para ela, os aspectos éticos, políticos, sociais e coletivos da escola são tão importantes para a análise que fundamenta o projeto, quanto o perfil das pessoas que fazem parte dela. "É preciso evitar rótulos nos professores, alunos e direção, fazer uma escuta atenta e respeitosa. Além disso, precisamos ver o quanto uma escola que homogeneíza currículo e desempenho não influencia na culpa para aqueles que não se encaixam no padrão", finalizou.

Assista no link https://www.youtube.com/watch?v=TH5DM_LmN4c&ab_channel=CRPSC.

 

 


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