O dia 10 de setembro é lembrado pela Associação Internacional para Prevenção do Suicídio e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. No entanto, o Conselho Regional de Psicologia de Santa Catarina - 12ª Região (CRP-12) destaca a importância do papel da Psicologia na prevenção e enfatiza a necessidade do debate sobre o tema o ano todo e não apenas em meses temáticos. Além disso, ressalta que deve ser abordado de forma integrada em todos os níveis de cuidados.
O CRP-12 também diverge que o assunto seja tratado muitas vezes como um problema individual, o que prejudica a abordagem de saúde pública, e recomenda às profissionais a considerarem as condições de vida que contribuem para o sofrimento mental além das intervenções individuais.
A Psicologia como ciência deve buscar compreender que o sofrimento é influenciado por fatores sociais, históricos e culturais. No mais, destaca-se que nos últimos anos, o cenário político brasileiro trouxe retrocessos nas políticas de saúde mental, na luta antimanicomial, na questão das drogas e redução de danos. O CRP-12 alerta que essas práticas de exclusão social afetam o sofrimento mental e a prevenção ao suicídio.
Populações vulneráveis, como refugiados, migrantes, indígenas, LGBTI e pessoas privadas de liberdade, enfrentam altas taxas de suicídio devido à rejeição, ao preconceito e às vulnerabilidades sociais. Por isso, a saúde mental deve ser uma prioridade na agenda da Psicologia e da sociedade para esses grupos, assim como o acesso a direitos, como saúde, educação, lazer, esporte e cultura, está intimamente ligado à saúde mental.
