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Conselho Regional de Psicologia Santa Catarina - 12ª Região



Evento on-line abordou a atuação prática profissional da psicologia com as violências de gênero


Evento on-line abordou a atuação prática profissional da psicologia com as violências de gênero
2020-11-18

Na quinta-feira (05/11) o Conselho Regional de Psicologia de Santa Catarina (CRP-12) promoveu debate on-line sobre as interfaces da atuação prática de psicólogas(os) frente às violências de gênero, com base na Resolução CFP n° 08/2020.

O encontro foi transmitido ao vivo pelo canal do CRP-12 no YouTube – disponível no endereço https://www.youtube.com/watch?v=-LJxeG2nFGc

A live foi organizada pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) e Comissão de Psicologia da Mulher (CPM) com apoio da Comissão de Orientação e Fiscalização (COF) e teve como objetivo ampliar o diálogo entre profissionais da Psicologia, com a proposta de apresentar a  Resolução CFP nº 08/2020 e fomentar a discussão sobre os aspectos relativos às violências de gênero.

Foram convidadas(os) para o diálogo com o CRP-12  Pâmela Lunardelli Trindade (CRP - 12/15712), psicóloga assistente técnica da Comissão de Orientação e Fiscalização (COF) do CRP-12; Soraia Aparecida de Araújo (CRP-12/07968), psicóloga e especialista em Direitos Humanos (Universidade Católica/Brasília) e mestre em assistência social (UFSC), além de psicóloga da Secretaria da Assistência Social da Prefeitura de Florianópolis.

Ângelo Brandelli Costa (CRP-07/18867), doutor em psicologia (UFRGS), professor dE pós-graduação em Psicologia (PUC/RS) e atualmente pesquisador associado do Programa de Identidade de Gênero do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA); Gustavo do Rego Barros Brivio (CRP-12/14325), psicólogo e policial, além de mestre em Estudos Interdisciplinares Sobre Mulheres, Gênero e Feminismo (Universidade Federal da Bahia).

 Pâmela iniciou a live contextualizando o histórico de normativas e expondo as principais dúvidas da categoria sobre as violências de gênero que permeiam as orientações da COF. Levantou, ainda, reflexões acerca do sigilo profissional em contraponto à necessidade de proteção da pessoa atendida ou de terceiros que tenham vínculo com ela.

Ângelo salientou que a Resolução CFP n° 08/2020 abre novos caminhos para a prática do profissional de Psicologia, com novas dimensões éticas, que interagem com sistemas de garantia de direitos e com a Justiça. “A resolução respeita a diversidade de gênero”, completou.

Segundo Soraia, a construção histórico-social do Brasil é desigual e violenta entre gêneros. Há, ainda, uma estrutura patriarcal profunda e machista que culpa e desqualifica a vítima. Dados do Forúm Brasileiro de Segurança Pública, oriundos do Instituto Folha em 2016, apontam que uma em cada três pessoas que participaram da pesquisa acredita que a vítima é culpada pela violência sexual sofrida.

Para fechar a discussão, Gustavo apontou o esforço institucional por parte da polícia em busca da repressão qualificada, de forma ampla, sobre todas as formas de violência contra as mulheres.


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