O Conselho Regional de Psicologia de Santa Catarina (CRP-12) promoveu evento on-line sobre saúde do trabalhador em tempos de pandemia com o questionamento “Como o psicólogo pode atuar para amenizar os efeitos?”
Os convidados foram Carlos Alexandre Campos (CRP: 12/14574) e Suzana da Rosa Tolfo (CRP: 12/00273). A mediação foi do conselheiro Rafael Frasson (CRP: 12/05590).
A live aconteceu no canal do CRP-12 no YouTube na quinta-feira (12/11) e foi organizada pela Comissão de Psicologia Organizacional e do Trabalho (CPOT).
O encontro teve como objetivo trazer orientações para as(os) psicólogas(os) organizacionais sobre a atuação junto aos trabalhadores. O o objetivo é amenizar as consequências da pandemia relacionadas à saúde mental.
Carlos é mestre e doutorando em Psicologia (UFSC) e integrante do grupo de pesquisa do Núcleo de Estudos de Processos Psicossociais e de Saúde nas Organizações e no Trabalho (NEPPOT) do Departamento de Psicologia da mesma universidade.
Suzana da Rosa Tolfo (CRP: 12/00273), graduada em Psicologia pela UFSC, é mestra e doutora em Administração pela UFSC e UFRGS, respectivamente. É professora titular do programa de pós-graduação em Psicologia na UFSC. Coordena dois importantes eventos: as edições do Seminário Catarinense de Prevenção ao Assédio Moral no Trabalho, realizadas desde 2007, e também as três versões do Congresso Riscos Psicossociais e Saúde no Trabalho nos três últimos anos.
O evento abordou o papel da Psicologia para amenizar problemas na saúde dos trabalhadores durante a pandemia, visto que a(o) psicóloga(o) pode auxiliar na saúde e qualidade de vida do trabalhador. “O trabalho, antes de tudo, deve ser avaliado em um conceito amplo, abrangendo os trabalhadores autônomos, voluntários e, ainda, levar em conta a precarização e ‘uberização’ do trabalho”, explica Carlos.
A(o) psicóloga(o) atua tanto na promoção e prevenção da saúde dos trabalhadores durante a pandemia, como na relação com quem perdeu seu emprego este ano e está sem perspectiva.
O trabalho é organizador da vida adulta. O trabalho define como agimos em sociedade. Suzana apresentou questionamentos, como o lugar da saúde do trabalhador nas organizações e, ainda, o que as(os) psicólogas(os) têm feito para avaliar a saúde do trabalhador em vários contextos.
Novas tecnologias, relações, dinâmicas de trabalho e planos de carreira distintos e longevos afetam a saúde dos trabalhadores. As transformações podem ser desgastantes e nocivas para a saúde. Segundo Carlos, a pandemia ajudou a transformar o mundo. “A crise apresentou um futuro com relações e modos diferentes de fazer diferente, onde trabalho remoto, digital e sem fronteiras se materializaram”, completa.
A proximidade é um aspecto fundamental no ambiente profissional que mudou com a pandemia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pensar em saúde de forma isolada neste contexto é uma utopia, pois o bem-estar está no equilíbrio entre trabalho, saúde mental e qualidade de vida.
Suzana aponta que a maioria das(os) psicólogas(os) nas organizações atua com gestão de pessoas, aquelas tradicionais ou técnicas. Contudo, os novos momentos colocam as atividades tradicionais em cheque. “Por um lado, há por parte das(os) psicólogas(os) e das instituições a vontade de viver este momento desafiador. A categoria tem dado grandes respostas à sociedade”, finaliza Suzana.
A live aconteceu no canal do CRP-12 no YouTube. Confira a gravação: https://www.youtube.com/watch?v=gugXx5KRKLM.
