O movimento internacionalista denominado 8M, que marca o dia 08 de março - dia internacional das mulheres, é organizado por vários movimentos feministas, apoiado em mais de 170 países. O movimento reivindica o fim das violências contra as mulheres, da desigualdade de gênero e das diferentes formas de opressão contra as mulheres. Essa ação também tem como objetivo chamar a atenção para discussões acerca da exploração das mulheres no local de trabalho e em relação às questões reprodutivas.
Lages foi cenário para mobilização das psicólogas(os), que marcaram essa data, no dia 09 de março. As conselheiras e colaboradoras do CRP-SC estiveram no calçadão no centro da cidade de Lages, buscando orientar a população no que se refere às violências psicológicas no âmbito doméstico, que muitas mulheres sofrem no decorrer de seus relacionamentos, bem como no direito de qualquer pessoa de viver livre de violências. Além disso, na cidade serrana outros movimentos colaboraram com a ação, e deram visibilidade a outras formas de violência, como garantia dos direitos trabalhistas e previdenciários, justiça social, a luta das mulheres de comunidades rurais, entre outras.
Assim como em Chapecó, no oeste do estado, onde o CRP-SC se fez presente por meio de sua colaboradora, em conjunto com diferentes movimentos que foram as ruas no dia 08 de março. Mais de mil pessoas em uníssono cantaram, proclamaram em praça e marcharam pelas ruas pelo fim das violências, dentre outras pautas que estão alinhadas à luta por direitos em diferentes esferas sociais.
O CRP-SC também participou das atividade na cidade de Joinville, onde durante o período da tarde o conjunto de movimentos levantaram suas pautas, incluindo questões da saúde mental, encarceramento, reforma da previdência entre outros, onde foram debatidas em rodas de conversa com a população que se fazia presente. No final do dia, houve a concentração para a marcha no qual teve uma maior participação do público, com cartazes informativos e gritos marcados para o fim do feminicídio e demais violências.
Já na capital do estado, em Florianópolis, o movimento marcado pela Greve Internacional de Mulheres, contou com a participação de aproximadamente 8 mil mulheres. A marcha foi precedida por um dia cheio de atividades com rodas de conversa e tendas informativas sobre os eixos da manifestação. O CRP-SC participou ativamente da construção e das ações, e contribuiu com a coordenação de uma a tenda sobre violências contra as mulheres, onde foi realizada a roda de conversa “Violências: formas e recursos”, abordando as tipificações e as redes de acolhimento, em parceria com duas advogadas que falaram sobre os aspectos legais da Lei Maria da Penha. O 8M Florianópolis foi o maior da história da cidade e torna visível à sociedade a resistência das mulheres pela defesa de seus direitos, ameaçados diariamente.
Em todas as regiões que esteve presente, as psicólogas conselheiras e colaboradoras do CRP-SC, por meio da Comissão Mulheres e Psicologia, fizeram a distribuição do marca páginas informativo elaborado pela comissão, com o objetivo de levar a população a identificar situações de violências cotidiana, bem como distribuição de camisetas para psicólogas(os) que participaram.
É importante destacar que o Conselho de Psicologia se inspira em seu Código de Ética para levar essas diretrizes da categoria à população em geral. Baseado na Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Código de Ética prevê que a(o) psicóloga(o) tem como ofício contribuir para que as pessoas envolvidas em situações de violação de direitos possam encontrar estratégias para romper esses ciclos, buscando, em cada caso, os meios cabíveis.
